Na novela Babilônia, a atriz Fernanda Montenegro dá vida a homossexual Teresa. Uma profissional bem sucedida, que foi casada com um homem, com o qual gerou um descendente. Porém divorciou-se e passou a conviver com uma mulher, com a qual teve outro filho. Este baseado no afeto. A historia de Teresa poderia ser confundida, facilmente com a de muitas outras famílias. O divorcio, a homossexualidade, a adoção e a morte de um dos conjugues são fatos sociais que alteram a estrutura familiar, não sendo possível representá-la apenas com a definição nuclear. Pai , mãe e descendentes. Esse conceito sofreu varias adaptações ao longo do tempo, desde religiosas até ligadas ao direito, sempre buscando adaptar-se as transformações de cada época. Falando-se em transformações, casos de grande comoção social, como crianças Bernardo ou Isabella, onde os pais participaram dos seus assassinatos, e de Susane, garota que ainda jovem planejou a morte dos pais; o que se observa é que antes de qualquer fator genético ou convenção, o que verdadeiramente dá forma a uma família é o afeto. O afeto constrói uma família. O preconceito e o senso comum não devem se sobrepor ao afeto que une essas famílias, tão pouco privá-las de exercer seus papeis de pais, mães, profissionais e acima de tudo, cidadãos da sociedade.