Com raízes do cristianismo - que expressavam doutrinas e regras de convivência – nota-se que o passado do Brasil é de um país extremamente conservador perante as relações afetivas. Porém, os conceitos de família vêm mudando: atualmente esse termo é totalmente questionável e, nem sempre, pode ser definido como um núcleo constituído por pai e mãe. A estrutura familiar mudou. Amor e afeto são as novas palavras que definem o conceito de família no século XXI. Avós, tios, casais homossexuais e pais separados podem criar uma criança tanto quanto um casal de homem e mulher. Atualmente, a mídia está cada vez mais mostrando à população esse conceito, e casais homossexuais estão buscando seu devido reconhecimento; exemplo disso foi a aprovação da união homoafetiva em 2013. Mas, infelizmente, essa realidade é vista com preconceito por grande parte da sociedade e apresenta grandes desafios aos defensores da causa. O Congresso brasileiro, constituído em boa parte por uma bancada política religiosa, ainda expõe ideias conservadoras e, muitas vezes, retrógradas, e vão contra essas mudanças familiares que fazem parte da realidade brasileira. Confirma a afirmação anterior um Projeto de Lei, acerca do Estatuto da Família, que pretende definir família como união estável entre um homem e uma mulher. De fato, bastante contraditório, tendo em vista que, a Constituição diz que todos são iguais perante a lei. E, assim sendo, prejudicaria totalmente e, principalmente, casais homossexuais, visto que a adoção seria dificultada. Ainda no que diz respeito à sociedade conservadora, um fato merece destaque: muitos centros educacionais proporcionam dias comemorativos para as mães e os pais. Esse fato pode acarretar uma visão preconceituosa e constrangedora, desde que esse conceito não é mais um padrão. Desse modo, uma maior reintegração da família moderna à vida escolar da criança, proporcionaria uma visão mais ampla do assunto e uma maior aceitação perante a sociedade atual. Nessa perspectiva, fica evidente que o principal dever do Estado é garantir a manutenção e a ampliação dos direitos das pessoas, num contexto social, que por hora, está num processo de transformação. Assim, lidando com essa nova concepção que está se tornando cada vez mais comum na sociedade atual.