Ao nascer, o primeiro contato social do ser humano é com família. Sua importância dar-se não apenas por esse fato, mas também na influência no desenvolvimento dos valores individuais e na construção da moral do indivíduo, oferecendo suporte para seu crescimento. Ao longo dos anos, com as mudanças ocorridas na sociedade, a família já não é mais caracterizada por vínculos biológicos ou por laços afetivos, e sim como um fenômeno social. Com isso, viu-se necessário a "regulamentação" da família, com a criação de órgãos governamentais responsáveis por esse setor como o Estatuto da Família, regulador, por exemplo, da certificação do casamento. A definição de família é modificada por fatores externos como transformações sociais, políticas e econômicas. Com a instituição do capitalismo, por exemplo, a mulher foi "obrigada" a ingressar no mercado de trabalho. Esse fato se transformou numa causa direta para a diminuição de filhos por casal e na desmitificação do homem como provedor financeiro oficial da família. A cultura é um influenciador importante desse conceito. Em alguns lugares a bigamia e casais homossexuais também são considerados como uma forma de família. Isso se dá, muitas vezes, pelo fato de ser um elemento histórico e que estava presente desde a formação de tal sociedade. Nos casos contrários, é preciso a adaptação à essas novas famílias pois as pessoas estão em constante mudança e como um país democrático, as leis precisam satisfazê-las. Ou seja, a família altera seu conceito e sua estrutura em decorrência das mudanças na sociedade. Sendo duas pessoas ou mesmo uma, independentemente do sexo, capaz de fornecer uma base para o crescimento moral, afetivo e econômico à uma criança pode sim ser considerada um núcleo familiar e dessa maneira ser reconhecida pela instituição governamental.