Família deve ser compreendida como a união de indivíduos que possuem afinidades podendo ter ou não laços consanguíneos. Na família contemporânea, as barreiras de identidades entre os dois sexos são derrubadas, surge então novos retratos de composição familiar deixando no passado a ideia padrão que se tinha sobre família. Devido a tantas mudanças de comportamento da sociedade, surge a então a falta de uma legislação flexível e adaptada às novas configurações familiares. A pluralização da família trouxe novos conceitos e configurações que não são equiparadas à tradicional família patriarcal. A composição necessária para ser uma família deixa de ter um padrão, ou seja, marido, esposa e filhos. Hoje existem famílias homoafetivas, monoparental, anaparental entre outros, sendo que todos visam o afeto como o principal requisito de sua constituição. A adoção, ou seja, acolher uma criança por livre espontânea vontade e assumi-la como filho, esta sendo uma opção para casais homossexuais que sonham em constituir uma família. No entanto, não é uma tarefa fácil. No Brasil, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente— ECA, não existe nada estabelecido com relação à adoção por casais homoafetivos. Sendo assim, como não há uma lei especifica para a adoção, casais homoafetivos são obrigados a lutarem em prol dos seus direitos de igualdade. Portanto, com o surgimento de variadas formas de composição familiar, nossa legislação ainda tem muito a evoluir, principalmente nos casos em que os pais adotivos são gays ou lésbicas, é importante a mídia nesses casos para uma maior divulgação dos problemas jurídicos enfrentados pelas famílias homossexuais. E é de suma importância o incentivo a compreensão e respeito às novas configurações familiares.