A famigerada família tradicional, composta por pai, mãe e filhos, já é um retrato do passado. Atualmente, os mais diversos modelos de união demonstram a pluralidade que há no afeto. Apesar disso, as definições de família ainda se estabelecem a partir do patriarcalismo vigente, e não deveria. Em primeiro lugar, o conservadorismo age ativamente no que tange a permanência exclusiva do modelo tradicional. A negação da existência da heterogeneidade da instituição parental gera o preconceito da população, que rejeita aceitar a realidade por falta de informação; e projetos excludentes como o Estatuto da Família, que tramita na Câmara dos deputados. Tal proposta prevê que somente a relação padrão represente o brasileiro. Desse modo, fica evidente que o tradicionalismo atua reprimindo e se faz um obstáculo a ser vencido. Contudo, o número de novas configurações familiares cresce. De acordo com a Teoria do Super-homem de Nietzsche, este seria aquele indivíduo livre das amarras sociais e que goza do pleno livre-arbítrio. De maneira análoga vivem aquelas famílias, indo contra estereótipos e descriminações diariamente, procurando sempre suas felicidades, independentemente do conservadorismo. Diante disso, nota-se que o surgimento e a permanência dessa diversidade demonstram que o afeto não segue normas. Fica claro, portanto, que membros favoráveis a famílias nuclear, infelizmente têm censurado relações afetuosas por preconceitos arcaicos. Paliativamente convém uma parceria entre Estado e mídia para a transmissão de informações para a sociedade, por via de panfletagem, discussões, palestras, novelas, propagandas e filmes, Ademais, cabe uma relação mutualística entre escola e família, buscando ensinar aos pequenos, a base da sociedade, acerca das diferenças existentes nos modelos familiares, por meio de aulas, filmes, atividades, teatros e principalmente, apoio dos pais. Assim, em longo prazo, será possível se livrar dessas amarras sociais que prejudicam muitas pessoas.