Influenciados pela atuação científica de Nicolau Copérnico e Andreas Versalius, Galileu Galilei e Francis Bacon fundaram, respectivamente, a ciência experimental e a filosofia da ciência. O progresso a partir daí foi veloz, sem precedentes na história da humanidade, ajudando a desenvolver tecnologias cada vez mais eficazes e a modificar continuamente e rapidamente o modo de vida dos seres humanos. No entanto, é observável através de impactos negativos causados por abusos de tecnologia e conhecimento, que nem todo progresso científico implica em progresso moral, ou seja, nem todos os grandes desenvolvimentos do homem foram necessariamente bons para o mundo e para sua própria espécie. A ciência em suas grandes conquistas, trouxe inúmeros benefícios para a humanidade, como telescópios, vacinas, carros, televisões e internet. Mas suas inúmeras descobertas e seus diversos progressos nem sempre foram positivos. Com o aprimoramento do conhecimento, por exemplo, armas cada vez mais letais foram desenvolvidas. Também aumentou-se a demanda de recursos naturais, o que levou a soluções infelizes para a natureza como o desmatamento ou a utilização de fontes de energia pouco limpas. Essencialmente, a ciência busca dar explicações para os fenômenos naturais e, assim, melhorar a qualidade de vida de todos os seres humanos. Ela não busca prejudicá-los, nem criar uma herança negativa para as gerações futuras. Portanto, as diversas más consequências trazidas pelo "desenvolvimento" se caracterizam não como o uso da ciência, mas sim, como o abuso da mesma. Enfim, quando a ciência não é usada do modo correto, não há progresso moral. Melhorar a eficiência para matar, jogar lixos cada vez mais tóxicos nas ruas e rios, são exemplos de egoísmo do homem que não irão levar a humanidade a lugar algum, muito pelo contrário, trará somente o regresso e a destruição. É, por fim, necessário que desde a educação mais básica dos indivíduos, eles aprendam a utilizar a ciência da forma mais correta possível, isto é, de forma responsável e ética. Nesse caso, escolas e universidades devem desenvolver métodos de ensino que enfatizem a iniciação científica e o seu uso adequado, utilizando projetos científicos beneficentes, ensinando a importância da adequada separação do lixo e o respeito para com a natureza. Os órgãos governamentais também poderiam optar por fontes de energia mais limpas como fazendas eólicas e a criação de campanhas que conscientizem a população sobre o desenvolvimento sustentável. Esses são elementos fundamentais para que o progresso científico consiga andar junto com o progresso moral.