A revolução industrial promoveu uma mudança drástica no estilo de vida humano. Desde então, gerações têm buscado incessantemente aprimorar a tecnologia aplicada nos meios produtivos para, em teoria, resolver eventuais problemas sociais. No entanto, o que deveria ser uma solução acabou se tornando um verdadeiro paradoxo, pois, a partir de então, vários problemas se intensificaram como a fome, a concentração de renda e a miséria. Contrariando Thomas Malthus, pensador que dizia que em um dado momento faltaria alimento para abastecer a população mundial, a evolução biotecnológica permitiu a criação dos organismos transgênicos e assim, a produção alimentícia atingiu patamares inimagináveis até pouco tempo atrás. Contudo, o problema principal que deveria ser resolvido, a fome, também se intensificou devido à má distribuição de renda entres as regiões do mundo e o desperdício, que chega ao assustador número de 1/3 de toda a produção mundial. Ademais, deve ser considerado o preço a ser pago por esse “progresso”. A prática e o incentivo da mídia ao consumismo é um grande problema. Atualmente, criou-se o hábito nas sociedades desenvolvidas e emergentes de consumir cada vez mais aparatos tecnológicos. São milhões de produtos eletrônicos vendidos anualmente e em pouco tempo são, imprudentemente, jogados na natureza. O pior disso tudo é que são enviados para serem descartados nas nações subdesenvolvidas. Diante dos supracitados, algumas medidas devem ser tomadas para que esses problemas sejam resolvidos. O governo deve criar mecanismos que reduzam a quantidade de alimento desperdiçados e deve, também, ampliar programas sociais que auxiliam os mais carentes a terem acesso ao alimento. Além disso, empresas ligadas ao ramo dos eletrônicos devem ampliar alguns programas já existentes que visam reciclar os antigos produtos na hora de adquirir um novo, como descontos para quem trouxer seu aparelho antigo, desse modo o lixo eletrônico reduzirá acentuadamente. E o mais importante, deve-se haver uma reflexão por parte de todos: Vale realmente a pena priorizar a tecnologia em detrimento da moral?