Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O progresso: entre o científico e o moral

Redação enviada em 15/05/2016

É impossível negar os avanços advindos do progresso científico. Esses proporcionaram melhorias sociais no tocante aos meios de transporte, níveis educacionais, nas comunicações e, substancialmente, na expectativa de vida. Todavia, a crescente desigualdade social, o subdesenvolvimento, os graves danos ambientais, são características incompatíveis com o progresso humano. Diante desse cenário, estabelecem-se propostas de debate sobre os possíveis impactos que o modelo econômico vigente acarretará às futuras gerações. Ao despontar como maior potência econômica mundial, a partir de meados do séc. XX, os Estados Unidos da América promoveram a internacionalização do sistema capitalista. Este, baseado na economia neoliberal da "superprodução" e "super-consumo", exige cada vez mais a exploração irracional do meio ambiente. Pode-se constatar tais fatos observando a crescente busca por minerais e a produção incomensurável de lixo nas grandes cidades. Dessa forma, percebe-se que o desenvolvimento científico, baseados em princípios capitalistas de consumo, pode desencadear graves consequências. Ademais, é comum a falácia de que a ciência é capaz de resolver todos os problemas. Em menos de um século houve o aumento de 30 para 60 anos na expectativa de vida média global. A população que, em 1900, era de 1,6 bi passou para mais de 6 bi em 2005. Em contraposição à teve malthusiana, a expansão agrícola atrelada a um aumento de produtividade foram capazes de produzir alimento suficiente para essa evolução populacional. No entanto, a eclosão das maiores guerras mundiais, os grandes índices de pobreza e subdesenvolvimento de diversas nações evidenciam o desigual fluxo de capitais que o desenvolvimento científico não parece ser capaz de explicar. Ante o exposto, evidencia-se que o problema abordado possui profundas raízes em escala global. É necessário repensar o modelo econômico vigente. A ciência deve ser utilizada em prol do desenvolvimento da humanidade e não para a produção de mercadorias de forma insustentável. Nesse quadro, o papel da educação se torna imprescindível. Deve-se ensinar ciências nas escolas evidenciando os aspectos ambientais, sociais e econômicos. Cabe às instituições de ensino promover visitas às periferias (favelas), aos lixões, às áreas de descarte de esgoto, enfim, a lugares que demonstrem as mazelas que somente uma ciência racional e sustentável poderá contorná-las.