O progresso é algo que acompanha os humanos desde os primórdios. O desenvolvimento de ferramentas, e o domínio dos elementos da natureza, propiciaram um avanço do homem em relação aos demais seres. Mas toda ação implica em uma reação, a escala do avanço determina a escala do impacto. Nestes termos a medida que os hominídeos se desenvolveram na história , o rastro que deixaram marcou o ambiente. Da mesma forma que marcou diferentes povos e culturas, indo de encontro a preceitos morais vigentes. O desenvolvimento da tecnologia muda de grande forma a sociedade e seus diferentes aspectos. As melhorias na saúde, expectativa e qualidade de vida, além das comunicações, modelou a cultura humana, fazendo com que progredisse ao lado da ciência. Sendo a moral uma construção cultural. As modificações sociais alteram a visão moralista permitindo a ciência dar passos temporariamente livres de embargos éticos. Mas existem momentos em que o caminho progressista colide com questões que ameaçam a sobrevivência humana e manutenção da dignidade da vida. Os trabalhos com genética e microbiologia, criando produtos jamais vistos antes, como é o caso dos transgênicos, pode salvar a humanidade ou nos levar ao colapso. A criação de novos produtos eletroeletrônicos, robóticos e outros maquinários, exaurem o meio ambiente de recursos minerais e energéticos, além de inundá-lo de resíduos potencialmente perigosos. A ciência associada ao despreparo, a negligência humana e a ganância, é uma bomba de desastre, assim como nos lembra Chernobyl. O avanço científico deve ser comedido, visando primeiro o bem estar e a dignidade humana. A busca pelo suprimento das nossas necessidades, sem impactar o ambiente é imperativa. As organizações internacionais e os países, precisam se torna os reguladores deste avanço, garantindo que o progresso venha a ter um correlacionamento saudável entre homem e natureza. O maior risco para humanidade é o próprio homem, nosso problema está em querer dar passos maiores que as pernas, não medindo as consequências dos atos. Pensar no hoje, esquecendo-se do amanhã.