É inegável o progresso intensificado no limiar do século XX. Com as grandes guerras mundiais e a guerra fria o ser humano caminhou - e caminha – em busca do desenvolvimento progressivo, com metas indefinidas. Entretanto, tal avanço “sem freios” acarreta sérias consequências e coloca em pauta o progresso e seus aspectos científicos e morais. Após as revoluções industriais a humanidade já entrara em contato com a noção de progresso, mas especificamente no século XX o mesmo evolui abruptamente. As necessidades por rápida locomoção, comunicação e defesa eficiente, demandadas pelas três grandes guerras de tal século deixaram como herança os cernes do que hoje se tem por computador, internet, avião, bancos de sangue, aço inoxidável até coisas simples como comida enlatada e relógio de pulso. Mas mesmo com tais utilidades é percebido o primeiro embate entre o científico e o moral, os significativos avanços ás custas de conflitos e vidas. Tal panorama histórico conversa com o texto “O mito do progresso” de G. Dupas que afirma o quão insensato seria negar os benefícios da vertiginosa evolução. Além disso, acrescenta outro embate moral, que caracteriza o progresso como elitista e fonte das mazelas sociais, uma vez que os responsáveis por nortear o desenvolvimento não arcam com os efeitos colaterais. Efeitos tais como a degradação ambiental, questão atualmente de extrema preocupação, reflexo dos avanços em áreas tal como tecnologia, farmácia e agropecuária. Em virtude dos fatos e levando em conta que o progresso não será interrompido, o essencial é o equilíbrio entre o científico e o moral. Dessa forma é de imediata necessidade a contenção do desenvolvimento inadvertido. Para isso cabe aos Governos que implantem em seus respectivos países comitês, com intuito de fiscalizar as propostas de desenvolvimento das empresas, tendo em vista aspectos ambientais e sociais. Tal fiscalização contará com reuniões que visarão prós e contras e terão poder de veto, caso o desenvolvimento seja danoso aos interesses defendidos pelo comitê. Dessa forma o progresso será executado com moralidade e, menores efeitos prejudiciais.