Título da redação:

Qual o custo de uma vida?

Proposta: O progresso: entre o científico e o moral

Redação enviada em 28/10/2016

O comportamento ameríndio, retratado pelos românticos indianistas, baseava-se em uma relação pacífica com o meio ambiente, em uma exploração saudável e na total cooperação.Todavia, o restante da sociedade mundial, antes mesmo das revoluções industriais, já possuía duas palavras-chave ao definir seus interesses: lucro e desenvolvimento. Sendo assim, no intuito de satisfazer suas necessidades inventadas, o ser humano tem ignorado as consequências da exploração da fauna e da flora, tal como os recentes acontecimentos vêm sugerindo. Primeiramente, é clara a importância dos grandes avanços, oriundos das revoluções tecnológicas, na vida em sociedade. A criação da locomotiva à diesel, por exemplo, transformou a ideia de logística no século XX ao ampliar o alcance no transporte de cargas e pessoas, além de reduzir o tempo consideravelmente. No entanto, o crescente uso de combustíveis fósseis e a apropriação desmedida do meio resultou em abalos na relação homem-natureza, provocando desequilíbrios visivelmente irreversíveis, como o derramamento de óleo na costa espanhola no ano passado. Ademais, a excessiva preocupação com o supérfluo em conjunto com a total falta de consciência perante a prevenção de desastres torna tudo ainda mais prejudicial . Além disso, falta à população mundial discernir entre o certo e o errado, e entender que as riquezas naturais não possuem o mesmo tempo de regeneração que o nosso de degradação. Evitando assim que tragédias ,como a ocorrida recentemente em Mariana, Minas Gerais, resultante do rompimento de uma barreira da mineradora Samarco, não voltem a acontecer. Portanto, é evidente que o empecilho apresentado possui raízes profundas e globais, e que a busca por soluções se faz necessária. Já que a a mudança no modo de consumo é um caminho árduo, o fundamental seria a preocupação com a extração consciente e o preparo diante aos desastres. Desse modo, instituições internacionais, como a ONU, deveriam, em conjunto com as federações mundiais criar políticas que regulamentem a utilização de recursos naturais e que desenvolvam medidas punitivas aplicáveis sobre Estados ou empresas responsáveis por acidentes. Outrossim, o ensino de ciências na escolas, que evidencie os aspectos ambientais, sociais e econômicos e transmita a palavra-chave que todos devemos seguir: responsabilidade, é fundamental nesse processo de conscientização.