Título da redação:

Progresso para todos, com respeito ao planeta.

Proposta: O progresso: entre o científico e o moral

Redação enviada em 14/05/2016

Ao estudar a história da humanidade, é possível constatar, com facilidade, o seu notável progresso tecnológico, científico e social. A qualidade e expectativa de vida aumentaram exponencialmente com esse avanço. Contudo, para desenvolver-se de tal maneira, o ser humano extrapolou limites ambientais e desrespeitou regras morais ocasionando péssimas consequências para a natureza, a qual ele e as demais espécies estão inseridas. O progresso científico gerou benefícios para uma parte da espécie humana, porém em curto prazo. Apesar do progresso permitir que o homem pudesse se locomover entre continentes com facilidade, se informar sobre acontecimentos em tempo real, se tratar de diversas doenças aumentando sua qualidade de vida e seu tempo na Terra, ele teve um alto preço: a devastação ambiental. Esta, na intensidade em que ocorre, diminui a diversidade de espécies e, paradoxalmente, dificulta a existência humana – tão valorizada no progresso científico – na Terra. Mesmo o avanço científico tendo sido disseminado por todo o planeta, ele é restrito às pessoas que possuem condições financeiras compatíveis. Isso ocorre porque um dos maiores objetivos desse projeto de evolução científica não é a garantia de um bem-estar à toda humanidade, mas o ganho financeiro por parte dos seus idealizadores. Essa ambição gera, cada vez mais, uma maior concentração de bens e riqueza e possibilita o acesso às tecnologias de uma menor quantidade de pessoas. O progresso científico tem sido incompatível com as regras morais ao não preocupar-se com as consequências que suas revoluções geram: desastres ambientais e desigualdades sociais. Portanto, é necessário que os Estados nacionais intervenham nos avanços científicos transformando as desrespeitadas regras morais em leis severas que obriguem os agentes da evolução científica a contribuírem com restaurações florestais e uso de energias alternativas. Além disso, deve haver obrigatoriedade de inclusão social nos projetos científicos em troca de descontos tributários. Dessa maneira, o progresso científico pode ser benéfico para todos, sem distinção, e não maléfico ao planeta que o acolhe.