Segundo Aristóteles, “se o que caracteriza o homem é pensar, então esta é a sua maior virtude e, portanto, reside nela a felicidade humana”. Nessa perspectiva, sabe-se que o progresso vem do conhecimento, do ato de pensar, logo, progredir é favorável ao estado buscado por todos os seres humanos: a felicidade. Entretanto, a busca a qualquer custo pelo desenvolvimento possibilita que atrocidades ocorram. Em princípio, os avanços tecnológicos são repletos de contradições. A partir da Revolução Industrial, o homem experimenta experiências degradantes para alcançar resultados inovadores. Desde desalojamentos que favoreceram o crescimento industrial a guerras que proporcionaram o aperfeiçoamento da medicina, regressos estão ligados a progressos. Dessa forma, nota-se que existe uma relação de opostos complementares na elaboração de tecnologias. Por conseguinte, o caos sempre estará presente no decorrer da história humana. Nesse sentido, a humanidade, inevitavelmente, caminha para a diferenciação do atual, o que causa estranhamento, se não consequências reais, como a degradação ambiental. Sob essa ótica, porém, os mais beneficiados pelas mudanças tecnológicas são os grupos dominantes, os quais são capazes de amenizar as desvantagens sofridas. Portanto, cresce a desigualdade social e surgem conflitos. Assim, percebe-se que, apesar de o progresso científico possibilitar benefícios para espécie humana, problemas sempre estarão presentes, sejam eles ambientais ou sociais. No entanto, até que a ciência descubra formas de reverter essa relação de opostos complementares, é necessário passar por adversidades para alcançar o progresso e, consequentemente , a felicidade.