Desde a Primeira Revolução Industrial o homem vem provocando intensas modificações no meio em que vive. Nessa perspectiva, são incontestáveis as contribuições destas mudanças para o avanço e desenvolvimento das sociedades e seus modos de vida. Entretanto, estas transmutações nem sempre caminham de forma harmoniosa com a natureza e muitas vezes favorecem determinadas camadas sociais em detrimento de outras. É bem verdade que as revoluções tecnológicas – iniciadas no século XVIII – deixaram como legado grandes avanços. Com a Segunda Revolução Industrial, por exemplo, as sociedades puderam contar com uma ferramenta bastante inovadora – a eletricidade. Porém, em outro viés, tais mudanças resultaram em abalo da relação homem-natureza e acabaram por desequilibrá-la. Uma vez que o uso do petróleo – um combustível fóssil – se intensificou nesse mesmo período, aumentou a emissão de gás carbônico e contribuiu para mudanças na temperatura média do planeta, desequilibrando o clima. Ao mesmo tempo em que as modificações favorecem uma parte da sociedade, desfavorece outra. Em 2016 o Brasil irá sediar os Jogos Olímpicos, nesse contexto, essa grande conquista contribui para o desenvolvimento do país na medida em que atrai investimentos estrangeiros. Entretanto, isso gera um contraste no que tange aos interesses das camadas populares. Um episódio a ser levado em conta é a demolição de favelas no Rio de Janeiro para dar lugar aos prédios e garantir o crescimento vertical da cidade, desfavorecendo as sociedades que residem nestes lugares. Fica claro, portanto, que os avanços tecnológicos podem contribuir para o desenvolvimento, porém podem retardá-lo na mesma proporção. É necessário que os governos em parceria com a sociedade desenvolvam o pensamento coletivo para que as mudanças feitas alcancem todas as camadas da população e não haja favorecimento de apenas uma parte.