Com o constante progresso científico e a ampliação dos limites de possibilidades, surge o polêmico debate a respeito da questão ética relacionada ao desenvolvimento. Apesar da tecnologia e a ciência terem chegado a tal ponto em que praticamente nada é impossível, é evidente a necessidade de uma associação harmônica entre o progresso material e moral. Desde a revolução industrial, em que a visão de mundo iluminista colocou o homem no centro de tudo, o progresso científico tem sido a forma de desenvolvimento mais importante para a humanidade. Ao longo dos anos, a evolução da medicina e da engenharia, além de outras áreas, revolucionou a vida das pessoas, aumentando a expectativa de vida e modificando as formas de trabalho, por exemplo. Não há dúvida, entretanto, que para todo esse desenvolvimento seja necessária uma quantidade exorbitante de recursos. Os impactos ambientais, crescentes nos últimos anos, têm mostrado que um progresso tão acentuado em tão pouco tempo, geologicamente falando, tem o seu preço. Áreas como a bioética servem para avaliar até onde a ciência pode chegar, procurando ao máximo não comprometer a moral humana e a diversidade ambiental. Dessa forma, apesar do progresso científico e tecnológico ter trazido melhorias inquestionáveis para a vida das pessoas, é necessário um uso consciente de suas ferramentas para que não haja um comprometimento dos princípios éticos da humanidade. Para isso, deve-se ter na bioética um alicerce para o desenvolvimento.