Muitos se têm discutido, recentemente, acerca do contínuo progresso pelo qual perpetua a nossa sociedade. Com a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no século XVIII, era notório que esta traria novos rumos ao despertar frenético para o progresso. Entretanto esse sempre se deu às custas da degradação ambiental. Dessa forma, seria possível equilibrar o progresso, pensando no meio ambiente? Por um lado temos as consequências negativas que ocasionam catástrofes futuras. Ao passo que o progresso evolui, a vida ambiental cada vez mais é degradada. Áreas florestais estão diminuindo para atender a demanda de madeira, abrir espaço para a pecuária e agricultura, rios estão sendo poluídos, há uma preocupação com os agrotóxicos lançados diariamente em nossos alimentos. Também estamos perdendo cada vez mais a biodiversidade em nosso planeta pela utilização de produtos tóxicos e poluentes, que também agridem nossa saúde. A questão é que as possíveis soluções para este problema estão à mercê de nossos valores morais. É uma vasta disputa, tendo em vista também o lado positivo do progresso, com os benefícios que esse trás para nossa vida, como a facilidade e rapidez que dispomos hoje com as tecnologias. Devemos ter responsabilidade, respeitar o direito do outro, pensando que atos conduzidos pelo espírito capitalista irão comprometer as vidas futuras. Faz-se necessário que o discurso moral que rege nossas ações, se dê por meio do pensamento guiado pela ética. Para que haja tal equilíbrio do progresso científico e moral, é preciso criar políticas que invistam em campanhas renováveis e à conscientização, interiorizar em nós consumistas, que a fonte de felicidade não está em esbanjar os recursos que nos são ofertados, mas sim termos a preocupação com o próximo e com o lugar que vivemos. Afinal, como afirmou Platão: “O importante não é viver, mas viver bem”.