É inegável que os crescentes avanços tecnológicos desenvolvidos desde a primeira revolução industrial, trouxeram progresso à vida de muitas pessoas. No entanto, também é inegável que crescentes problemas sociais e ambientais emergiram junto aos avanços. Sendo assim, existe um real paradoxo instalado entre o progresso científico e o moral, aliados à globalização. Os avanços e descobertas foram capazes de modificar o modo e o estilo de vida da sociedade. Porém, crescentes avanços culminam em problemas de desigualdade e em sua maioria, concentram-se em áreas desenvolvidas. Além disso, é notável que os danos causados ao meio ambiente são catastróficos; logo, se nada for feito a tempo, o progresso científico deixará um mau legado às gerações futuras. Nesse ínterim, vale ressaltar que apesar dos danos causados pelos avanços técnico-científicos, é indiscutível a premissa de que as pessoas, em sua maioria, passaram a viver mais e melhor. A globalização trouxe a possibilidade de se produzir maiores quantidades de alimentos, contradizendo assim a Teoria de Malthus que defendia que a nutrição da população não seria possível, frente ao seu exponencial crescimento. Nesse contexto, tratar de progresso científico e moral torna-se um desafio, em virtude de o homem ter um forte desejo pelo poder. A evolução da humanidade e a ciência devem estar a serviço da sociedade e não acima dela. Portanto, é fundamental um equilíbrio entre progresso e ética, respeitando as coordenadas da moralidade. Faz-se relevante também o desenvolvimento de uma sociedade e de pesquisadores conscientes, a partir do caráter e conduta responsáveis dos indivíduos que nela habita.