Título da redação:

Equilíbrio de relações

Tema de redação: O progresso: entre o científico e o moral

Redação enviada em 28/05/2016

O filósofo John Locke pregava que o poder provinha do conhecimento. Essa é uma realidade facilmente exemplificada, pois as grandes potências do século XXI são aquelas detentoras das tecnologias mais avançadas e dos monopólios das empresas transnacionais, como Estados Unidos e China. Esse desenvolvimento, no entanto, é inversamente proporcional à fonte que o abastece: o meio ambiente. A capacidade humana de se imaginar no lugar do outro, ou do seu próprio, é muito pequena enquanto não surgirem problemas imediatistas. Ao passo que o progresso das nações continuar sendo positivo, as consequências serão negligenciadas. Os homens são seres gananciosos e egoístas, que apreciam apenas o momento de prosperidade e seguem a lógica de Maquiavel, que dizia que os fins justificam os meios. Baseados nisso, a influência que o desmatamento tem com a temperatura global, ou então a alteração que a biotecnologia e a transgenia trazem para o ciclo natural são menosprezadas. A ideologia que deve ser seguida pela humanidade é a do filósofo Arne Naess, que dizia que o pensamento pelo futuro tem de ser leal à natureza. Ele defende que devemos nos enxergar como parte da biosfera, intrínseca a ela. No momento em que nos colocarmos no nosso lugar no ambiente, veremos que todas as ações degenerativas à natureza terão reflexos em nós mesmos. O progresso humano e tecnológico não deve parar; deve, todavia, encontrar um equilíbrio que harmonize as relações do homem com a natureza. O início pode ser por práticas simples, como não trocar o celular a cada ano, quando surgem as novidades. Para isso, as pessoas devem se informar acerca do impacto que esse consumo exacerbado causa no meio ambiente. Com o intuito de levar conhecimento, grupos e organizações governamentais devem acolher a sociedade em palestras que mostrem para onde vai o lixo eletrônico, ou quanto de dejetos uma pessoa produz ao ano. As ações, contudo, não podem ser apenas em microescala. O governo brasileiro, junto com os outros países que assinaram o Protocolo de Kyoto, devem cumprir os acordos estabelecidos em 1997 e que até hoje não tiveram as metas atingidas. Com a união entre governo e população, o equilíbrio entre ética e progresso seria definido.