Segundo Émile Durkheim, sociólogo estruturalista francês, “fator patológico” é aquele que prejudica o convívio social e destoa da “consciência coletiva”. Paradoxalmente, na atual conjuntura, vivenciamos em um âmbito que ascende tecnologicamente, porém retrocede no quesito ambiental, fruto da crescente exploração e ausência da percepção social que negligência os cuidados ambientais e deteriora paulatinamente o meio. Na antologia cinematográfica britânica “Black Mirror”, o autor Charlie Brooker, retrata um universo futurista, em que o avanço tecnocientífico gerou a capacidade de atender as necessidades humanas supridas pela natureza. Outrossim, não dissonante da ficção, o panorama vigente caminha para a aparição de um cenário semelhante, pois o que ocorre é um descompasso das relações humanas em detrimento da preservação ambiental, sobretudo do entendimento coletivo sobre as coisas que permeiam a sociedade, apresentando uma divergência de valores que fomentam ação imediatista mas menospreza a análise ambiental, fruto da falta de interesse e alienação social A revista norte-americana “National Geographic”, em alguma de suas edições, publicou que a relação do avanço tecnológico e ambiental, configura um gráfico inversamente proporcional, em que favorece os recursos científicos e deprecia os meios naturais, e apresenta uma destruição de modo exponencial. Entretanto, o Brasil tem a maior capacidade de variabilidade para o uso dos recursos ambientais, contudo o que há é o descaso dos poderes administrativos públicos, que visam apenas ações rápidas e a melhor relação custo-benefício, uma vez que a implantação de usinas termoelétricas tem menor custo de instalação do que as turbinas eólicas. Logo, é “sine qua non” que a implementação da moral seja implantada desde cedo na vida das pessoas, que pode ser realizado por ONGs como APAE( Associação de Pais e Alunos Excepcionas), juntamente das famílias desenvolvam mecanismo de diálogos tanto com a sociedade, por meio de projetos e campanhas como com as escolas regulares para realizar o entendimento de todos sobre a consciência ambiental. Também é fundamental, que haja parceria público-privada da Receita Federal com as empresas que produzem placas fotovoltaicas e turbinas eólicas, objetivando barateamento e massificação dos produtos em detrimento da redução dos imposto arrecadados. É vital que exista maior participação unidos ao Governo Federal, do Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável , que objetiva disseminar as práticas sustentáveis conciliando as dimensões econômica, social e ambiental, pois uma sociedade só muda, quando cada cidadão altera seu comportamento