A concorrência entre os países pelo avanço científico e tecnológico, trouxe diversas técnicas e novidades ao mundo, as quais ajudaram a população no cotidiano nas mais diversas áreas e melhorou a qualidade de vida da mesma. Contudo, é possível afirmar que tais avanços também acarretaram diversos riscos e regressos no meio social, espacial e econômico. Segundo o provérbio alemão: "Quanto mais se tem, mais se quer". É exatamente assim o lema dos países, os quais realizam corridas econômicas, armamentistas e territoriais em busca de poder e nunca cessam e tê-lo. Para exemplificar, o físico americano Fritjof Capra, consta em seu livro "O Ponto de Mutação", que nações possuintes de armas nucleares, como Estados Unidos e Rússia, poderiam destruir o mundo mais de dez vezes e, ainda assim, não cessam em ter mais armentos nucleares e mais meios de obter respeito de outras nações. Além disso, dados constatados nesse livro, apontam que o orçamento militar desses dois países, somados, é de 800 bilhões de dólares, enquanto os africanos vivem com menos de 2 dólares por dia. O ex-professor de geografia da Universidade de São Paulo, Milton Santos, afirmou que a globalização se teve com o avanço de técnicas e inovações científicas desenvolvidas pelas nações e que, ao mesmo tempo que ela foi um avanço no mundo capitalista, houve também regressos no setor social, uma vez que somente países desenvolvidos tecnicamente participam do meio globalizado, enquanto a África e alguns países da Ásia vivem na miséria por não terem informação técnico-científica o suficiente para se enquadrarem nos padrões exigidos pela globalização. O avanço científico, portanto, ao mesmo tempo que acarretou benefícios ao mundo, estabeleceu perigos e desigualdades entre os países. Dessa forma, todos os investimentos demasiados em setores que acarretam riscos ao mundo ou até mesmo investimentos desnecessários, devem ser investidos onde há necessidade, a fim de se ter o desenvolvimento social, como na medicina, educação e nos países não desenvolvidos, por exemplo, na África, a qual carece de recursos para suprir toda miséria que existe no país, através do avanço científico e estrutural, os quais introduzem, consequentemente, o avanço social.