O ser humano está em constante processo de evolução: apenas desde o surgimento da primeira máquina à vapor até hoje, já conquistamos muitas realizações. Contudo, o modelo de progresso adotado não vem sendo acompanhado por uma responsabilidade e consciência ética sobre os atos, o que traz à tona danos à natureza e à sociedade como um todo. Por um lado, é inegável que estamos no auge das conquistas tecnológicas: a ciência nunca esteve tão presente na vida do homem. Fica claro o quanto ela nos traz benefícios, a saber os avanços no campo da medicina, o aumento da expectativa de vida e da produtividade global, a possibilidade de comunicação virtual, somando inúmeras conquistas. Todavia, cabe mencionar que o progresso científico atual serve, sobretudo, ao interesse capitalista de obtenção de lucro, o que leva, muitas vezes, a práticas sem nenhuma consciência ou moral. Assim, essas conquistas são construídas de cima para baixo, estimulando o crescimento das desigualdades socioeconômicas e se dando, mormente, às custas de danos ambientais gravíssimos. Só para exemplificar, a famosa Revolução Verde, conjunto de inovações tecnológicas para aumentar a produtividade no campo que se deu no pós Segunda Guerra, prometia acabar com a fome e a miséria, quando, na verdade, só serviu para estimular o lucro das transnacionais norte-americanas, a concentração fundiária e o desemprego. Relativo ao que foi exposto, é preciso problematizar os limites dessa linha de progresso vigente, e repensar seu caminho por uma via mais ética, rompendo com esse ciclo vicioso. Já afirmava Newton na sua terceira lei da física: ''Toda ação envolve uma reação de igual intensidade e sentido contrário". É preciso que as famílias ensinem seus filhos a serem éticos e morais em todas as suas decisões, assim como as escolas passem a importância do desenvolvimento sustentável, através de eventos, e ao longo da formação dessa nova geração.