Engenharia nuclear , biomedicina , nanotecnologia , automação , todos estes estoques são garantias de que os homens , como seres construtivos e tecnológicos , estão cada vez mais maduros no campo das ciências . Entretanto , guerras , genocídios , miséria , fome , preconceito , desigualdade social e econômica são outras facetas da humanidade que faz-se questionar sobre o aproveitamento de investimentos astronômicos nos ramos técnicos-científicos. A exemplo de governos que agregados ao grande capital , paradoxalmente , promovem a paz injetando milhões na indústria belicista é que se pode ratificar que a única área carente em desenvolvimento é a moral , social . O que se lucra com a criação de equipamentos capazes de exterminar dimensões continentais quando coexistem , dentro destes países belicistas , cidadãos padecendo de fome ? Há , então , de se convir que a espécie humana lança mão do seu individualismo e aplica uma política desenvolvimentista estanque e limitada . Nesta , o importante é o interesse daqueles que podem investir , fato que acomete qualquer tipo de tecnologia plutocrática em que o acesso é restringido pelo dinheiro. Na contramão deste capital elitizado , caminham exceções que transformam suas tecnologias , seus saberes científicos em beneficio social , como foi o caso de Zilda Arns . Médica sanitarista , aplicou todo o seu conhecimento superior para gerar receitas com restos de alimentos e assim combateu o mapa da fome no Brasil , lucrando com a estupenda diminuição da mortalidade infantil interiorana . O avança técnico-cientifico seria ainda mais proveitoso caso a dupla moral-social fosse desenvolvida com a mesma velocidade e afinco com que são produzidos novos dispositivos eletrônicos . Assim como o exemplo de Zilda Arns , torna-se indiscutivelmente necessário que o saber tecnológico passe a ser o maior ativista humanitário. Ressonante a isto , as areas de conhecimento humano devem passar a receber o mesmo enfoque das faces exatas do ensino . Partindo deste prisma , o humanitário sera capaz de moralizar os grandes investidores .