É irrefutável deixarmos de observar, na modernidade, o evidente progresso que a sociedade global sofreu através dos séculos. Desde o início dos tempos, o espaço social está em constante modificação, seja na esfera social, tecnológica, cultural e espacial, a humanidade se modifica a cada segundo que passa. Entretanto, a evolução humana está gerando diversos problemas, seja para a sociedade ou para o meio ambiente, levando a questionarmos até que ponto o ser humano de fato evoluiu nos princípios de convivência com o próximo e com o meio e seria essa evolução a responsável pela destruição da vida como a conhecemos. Equiparando aos povos da antiguidade, podemos perceber que as relações sociais sofreram uma vasta metamorfose até alcançar o patamar em que hoje vivemos. Passamos de povos primitivos da pré-história até nova ordem mundial que se configura até hoje na Idade Contemporânea; percebemos um grande avanço cultural e científico que modificaram o comportamento do homem. De fato houve um avanço em quesitos relacionados à liberdade e direitos públicos e político que conquistamos. No entanto, em âmbito social, percebemos cada vez mais que a população adota um estilo de vida padronizado e alienado. Principalmente influenciadas pelo capitalismo - após o seu surgimento no final do século XVIII, com a Revolução Industrial Inglesa - , as pessoas visam cada vez mais sustentar a imagem e posse, degradando a ética individual e os valores humanos, bem como a natureza em si, sustentando a exploração humana e comercial. Essa visão aliada ao consumismo gera a degradação ambiental, que se expande cada vez mais com a atividade mercantil. Devastação florestal, poluição, extinção de espécies, aquecimento global e esgotamento de matéria prima são os principais problemas que a humanidade tem fomentado ao longo dessa evolução. Utilizar o avanço técnico e científico para pesquisa e soluções para os problemas ambientais são o primeiro passo para o Progresso. Mas para efetivar a mudança é necessário amenizar o consumismo bem como a priorização do capital perante a preservação da terra. A vida nos foi concedida pelo planeta há bilhões de anos, agora é a própria Mãe Natureza quem sofre com os efeitos na nossa evolução. Segundo Henry Ford, ‘’O passado serve para evidenciar as nossas falhas e dar-nos indicações para o progresso do futuro ‘’; ou seja, sociedade deve utilizar o progresso de forma favorável, ou seja, analisar os pontos que afligem o indivíduo e colocar em vigor políticas públicas e sociais para amenizá-los. A visão capitalista corrompe os reais valores de uma sociedade; inibir a ação de empresas diminuiria o consumismo e a degradação ambiental. Também, a humanidade juntamente com ONGs deveriam unir-se para um movimento de reconstrução ambiental financiado pelas autoridades. Além disso, cultivar valores humanos desde a infância até a maturidade, em âmbito familiar e público, é vital para incitar a moral nas ações do indivíduo. O progresso é possível se unirmos necessidade e ética para colocar em prática ações que preservam a vida e sua verdadeira essência.