Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 15/02/2019

No mundo grego, especificamente na cidade-Estado de Esparta, polis essa formada por guerreiros, vigorava um sistema cruel de seleção dos filhos: aqueles que não possuíam as características tidas como necessárias para a cidade eram mortos. De lá pra cá, o mundo mudou. Pais que não querem ou que não podem ou não querem ficar com seus filhos têm suas crianças alojadas em casas para possível adoção. Mas, apesar das evoluções ao longo do tempo, ainda há problemas a serem discutidos de forma ampla e clara sobre a adoção no Brasil. Primeiramente, existe uma incompatibilidade entre a disponibilidade de adotandos e a procura por parte dos adotantes. As características mais requisitadas pelos possíveis pais é por crianças com menos de dois anos, meninas, brancas e com boa saúde. Esses requisitos são incompatíveis em números com a realidade dos ditos orfanatos, pois, segundo o jornal Carta Capital, por exemplo, aproximadamente 6% dessas crianças possuem menos de um ano. Observa-se, dessa forma, que um método de adoção deve ser aplicado para que mude essa forma de adoção que se assemelha a um processo de comercialização de produtos regidos de acordo com a demanda do cliente. Ademais, é visualizado como outro entrave o preconceito na sociedade, ainda que velado, contra crianças adotadas. Normalmente é na escola onde ocorrem os primeiros sinais de preconceito contra esses indivíduos, sendo eles frequentemente alvos de chacota e zombaria. Acontece que, ao analisar a palavra preconceito, é possível dela extrair a definição de um conceito formado anteriormente a um conceito fundamentado na razão. Muitos são os possíveis pais adotantes que desistem da ideia da adoção pelo receito de não saberem lidar com a exclusão que talvez seus filhos venham a enfrentar. Desse modo, métodos de conscientização necessitam ser implementados com rapidez. Dessarte, urge a necessidade de o Congresso Nacional diminuir a incompatibilidade entre "oferta e demanda" implementando uma e=lei que promova a seleção aleatória de crianças aptas a serem adotadas, reduzindo, assim, a seleção de crianças com determinadas características em detrimento de outras. Outrossim, o Governo Federal deve estimular a luta contra o preconceito às crianças adotadas por intermédio da conscientização da sociedade, lembrando serem todas as pessoas iguais, inclusive perante a lei, não estando em vantagem e nem em desvantagem com relação aos direitos e deveres estabelecidos pelas leis. Dessa forma, melhorará o processo adotivo no Brasil se seguidos os aspectos mencionados, contribuindo, assim, para uma sociedade mais justa e ponto em prática, ainda que tarde, o princípio da isonomia garantido pela Constituição de 1988.