Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 02/09/2016

No Brasil hodierno, para cada criança na fila de adoção, há seis famílias interessadas. Entretanto, paradoxalmente ao dado apresentado, têm-se, hoje, um número vasto de infantes à procura de um lar no país. Isso se deve a discrepância existente entre o perfil idealizado pelas famílias e a realidade nos abrigos, necessitando, essa questão, de maiores discussões. Em primeiro plano, é válido ressaltar o racismo como fator catalisador da falência do sistema adotivo brasileiro atual. Em virtude de um passado marcado pela escravidão e subjugação do negro, tal vertente da sociedade ainda é vítima de uma série de preconceitos, o que se torna explícito atualmente na medida em que os futuros pais adotivos estão, majoritariamente, a procura de crianças brancas. Nas casas de adoção, todavia, a maioria é negra. Ademais, a questão da idade também representa um impasse no que tange o processo de adoção no Brasil. Vítimas de abandono, violências das mais variadas formas ou negligência, os indivíduos que chegam aos lares adotivos são geralmente maiores de 5 anos, idade em que já são considerados "velhos" pelas famílias que pretendem adotar. Em virtude disso, não são raros os casos em que, quando adolescentes, fogem e acabam ingressando no mundo do crime e da prostituição. Destarte, a necessidade de medidas que visem a reflexão dos futuros pais adotivos sobre as suas exigências no momento da adoção é inequívoca. Desse modo, o Governo Federal deve promover campanhas de abrangência nacional, em parceria com as emissoras abertas de televisão, que propaguem a ideia de que o vínculo afetivo que será criado no processo adotivo é mais importante que detalhes fenotípicos, visto a grande influência que o chamado "quarto poder" exerce sobre a sociedade contemporânea. Outrossim, o MEC deve oferecer bolsas de estudo para as crianças adotadas a cima de 5 anos, a fim de incentivar a adoção dessas e, dessa forma, diminuir o número de crianças e adolescente abandonadas no país por questões tão banais.