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Redação sem título.

Proposta: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 31/08/2016

A adoção no Brasil é um enorme desafio. Hoje existem cerca de 5.600 crianças e adolescentes esperando para serem adotados e, em média, quase 30.000 famílias desejando adotar, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça. O governo deve concretizar um lar para esses brasileiros, mas se há tantas pessoas querendo adotar, por que o número de meninas e meninos cadastrados só aumenta? Como um triste fator, podemos citar o racismo. Grande parte das famílias exigem crianças com um estereótipo em comum: brancas e com menos de 1 ano de idade. Entretanto, essas características correspondem a minoria das crianças e adolescentes - apenas 6% tem menos de um ano e 67,8% não são brancas. Segundo a Lei 8.069 de 1990, a adoção só pode acontecer caso o adotante seja 16 anos mais velho que o adotado. Esse é outro impasse: um casal de 20 anos, por exemplo, não pode adotar uma criança com mais de 4 anos, o que intensifica a procura por crianças mais novas. Casais homossexuais e pessoas solteiras tem maior dificuldade para adotar uma criança - porém, podem dar tanto amor e auxílio quanto um casal formado por um homem e uma mulher. Esse é outro tabu que precisa ser quebrado, pois pessoas que não correspondem ao padrão de família imposto na sociedade e decidem viver de maneira diferente são altamente criticados. O processo de adoção no Brasil, portanto, é constituído por problemas raciais e estruturais. O poder judiciário tem como função reformular as leis para facilitar a adoção para novos núcleos familiares e casais mais jovens. O poder legislativo pode contribuir acelerando os processos. Já a sociedade deve entender que, para uma criança abandonada, é melhor receber amor de apenas um pai/mãe ou de um casal gay do que permanecer em um abrigo. Por fim, ONGs devem promover campanhas para conscientizar a adoção de crianças e adolescentes mais velhos e negros, para enfim mudar esse quadro.