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Redação sem título.

Proposta: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 22/07/2016

Em uma das cenas iniciais do filme Annie, uma jovem garota negra ao passear com o cão na rua é salva de um atropelamento pelo político Will Stacks, que posteriormente acaba por adotá-la. Fora das telas, a adoção de crianças não brancas é uma raridade presente mesmo nos dias atuais. Percebe-se então, falhas no sistema adotivo do Brasil. No ano de 2015, foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de um casal homossexual de adotar uma criança, fato que se tornou uma conquista em meio a um sistema de adoção com muitas divergências. Segundo dados copilados pelo Conselho Nacional de Justiça (CFJ), cerca 30% dos adotantes exigem exclusivamente crianças brancas, tornando a cor de pele um fator decisivo na escolha da adoção. Além da exigência majoritária de crianças brancas, há ainda o exíguo número de adoções de crianças deficientes. O mesmo se propõe a abandonados com doenças hereditárias ou contraídas. Contudo, caminhamos lentamente em direção a uma solução, pois a vicissitude sustenta-se em diversas bases. A gravidez precoce é responsável por grande parte da renúncia dos pais, pois com a mesma pode-se surgir problemas financeiros e principalmente psicológicos devido a imaturidade dos pais, além de aumentar a taxa de natalidade do país, resultando em poucos adotantes em uma multidão de crianças sem família. A violência física e sexual também leva ao abandono dos filhos, estimuladas por problemas familiares como o alcoolismo, uso de drogas, dívidas e casos de infidelidade no casamento. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação (MEC) pode instituir palestras nas escolas ministradas por professores, além de peças de teatro e filmes educativos que visem discutir sobre a igualdade de gênero, raça, cor e costumes culturais. Além disso, como disse o filósofo Platão, “Não deverão gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educá-los”. Assim o Ministério da Justiça e Cidadania (MJC), em parceria com a Polícia Civil deve criar ouvidorias online públicas para receber denúncias anônimas de qualquer ato de violência contra crianças, afim de punir o agressor conforme a lei. O MEC pode investir nas escolas conteúdos curriculares sobre os riscos de uma gravidez precoce ressaltando a importância do preservativo buscando estimular a fecundidade preparada e ao sexo seguro.