No Brasil, há cerca de 6 mil crianças aptas a serem adotadas, um número que chega ser pequeno em vista das 30 mil pessoas dispostas a adotarem um filho. A etnia, o gênero, a idade, a saúde física ou até mesmo a procedência dos pequenos são fatores que somados as dificuldades impostas pelo Poder Judiciário, favorecem a paralisação do sistema adotivo, algo que necessita ser mudado. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA), toda criança tem direito à vida, educação, saúde, segurança e moradia. Entretanto, esta não é a realidade da maioria das crianças brasileiras. Os casos de violência, abuso e exploração infantil são contantes e um dos principais fatores que levam esses menores a abrigos, onde permanecem sem a esperança de encontrar um outra família. Em sua grande maioria, as pessoas que buscam um filho para adoção, já possuem um perfil estabelecido. A preferência é por crianças com menos de 3 anos, brancas e do sexo feminino. Isso dificulta o processo de adoção, deixando cada vez mais jovens em abrigos, até atingirem a idade máxima de 18 anos, que após isso são obrigados a saírem pelas ruas sem sequer um lugar para morar. Para a adoção de uma criança não se devem ser levados em conta as características físicas, mas sim sua necessidade de um convívio familiar. A ''seleção'' de um determinado biótipo, apenas aumenta os danos psicológicos já causados a elas ao longo de suas vidas, aumentando ainda mais o sentimento de exclusão. Desso modo, é possível notar que as dificuldades presentes no processo adotivo são impostas pelos próprios adotantes, fazendo-se necessário que ps mesmos tomem conhecimento do real sentido do processo de adotivo. Além disso, é necessário que o governo promova incentivos na adoção de crianças mais velhas e com deficiências físicas evitando que essas não fiquem deixadas de lado.Assim, após esses pequenos ajustes, o processo adotivo possa deixar der ser praticado comércio e as crianças deixem de ser as mercadorias.