Notoriamente observa-se uma grande quantidade de crianças tanto na rua quanto em orfanatos nos Estados brasileiros. Empecilhos como a exacerbada burocracia e a seleção direcionada são alguns dos principais motivos para descrença da adoção infanto-juvenil bem como os casos de violência e ódio por intermédio daqueles que são rejeitados. Os processos adotivos no Brasil são popularmente denominados como lentos e exaustivos. Embora a população tenha adquirido conquistas como o direito de adoção por homossexuais ou pessoas independente do estado civil, a complexidade para realizar tais atos ainda continuam se sobressaindo à vontade de compor um lar. Sendo essa evidenciada principalmente pela desistência após anos em uma lista de espera. Outro fator que aumenta o número de crianças nos orfanatos é o silencioso preconceito embutido na preferência adotiva. Não raro, crianças negras e pardas em praticamente todas as idades são colocadas em segunda opção quando comparadas àquelas de cor branca- essencialmente as que possuem pouca idade. Desse modo, gradativamente o ideário dessas crianças rejeitadas as tornam mais suscetíveis à atos violentos e a buscarem refúgio nas ruas- aderindo muitas vezes ao crime organizado. Nessa perspectiva, portanto, nota-se desestímulo como o desafio central a ser combatido. Logo, faz-se necessário medidas para reduzir a burocracia, seja ela por meio da agilização dos processos ou da redução normativa vigente. Ademais, é de suma importância os anúncios governamentais trabalhados concomitantemente com o auxílio privado - tais como impressas de telenovelas- que visem a mudança do ideário populacional para que haja a diminuição da seletividade direcionada à uma raça ou faixa etária.