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Redação sem título.

Proposta: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 02/11/2018

No Brasil, de acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), 47 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos, mas apenas 7.300 estão aptos a serem adotados, em paralelo, 33 mil pessoas estão habilitadas a adotar. Dessa maneira, deve-se discutir os entraves para o dilema na adoção de crianças e adolescentes que justifiquem o desencontro das estatísticas e os desafios, bem como propor medidas para estimular o ato e demandas para quem anseia por uma família. Em primeiro plano, grande parte dos candidatos manifestam o desejo de adotar meninas recém-nascidas, brancas, sem irmãos e que não tenham problemas de saúde, sendo que a maioria não corresponde a essas estatísticas. Nesse contexto, mesmo que o ato seja deliberativo, isto é, a família tem poder de escolha, observa-se que esse direito é usado como seleção de pessoas. Sem dúvida, tal conduta torna-se grave, pois gera demora e obstáculos à redução de filas, uma vez que a morosidade nos processos de adoção contribui para que vidas sejam desperdiçadas. Destarte, a rejeição, o abandono e o futuro são questões que problematizam a realidade de adolescentes disponíveis à adoção. Segundo o CNA, apenas 1% de pessoas estão prontas para adotar adolescentes, por sua vez, correspondem a dois terços do total. Nesse viés, são entidades que não poderiam ser desamparadas pelo Estado, e sim possuírem oportunidades mais justas e condições de emancipação. De acordo com a ativista Ana Mercês Bock, "toda adoção é um ato de doação", por isso promover esse nobre ato e agilizar seguramente os procedimentos é capaz de suprir necessidades de amor, carinho e dar valores que, por vezes, nunca teriam oportunidade de vivenciar em instituições de menores. Dessa forma, o Governo Federal deve realizar campanhas para incentivar a adoção igualitária e flexível tanto de crianças como de adolescentes, com apoio do poder legislativo e judiciário com a reformulação das leis para agilizar o processo e torná-lo menos burocrático, a fim de amenizar a exaustão de jovens para serem adotados. Como também, é importante que o Estado dê oportunidades e a emancipação para os maiores, de tal forma que ampare-os e possibilite que possam viver sozinhos.