Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 02/07/2016

Uma das mais nobres atitudes humanas é a adoção. Adotar demonstra uma generosidade e uma sede de amor e carinho inigualáveis. O grande problema é que muitas vezes um ato tão belo como este acabe sendo manchado pela alta burocracia e por questões preconceituosas no momento de se escolher uma criança. A burocracia nos processos de adoção infelizmente contribui para a desistência de diversos casais. Os trâmites legais da adoção também dificultam que pessoas solteiras dotem crianças. Um casal é mais aceito pela justiça do que um indivíduo solteiro, e uma mulher solteira é mais aceito do que um homem na mesma situação. Pela baixa incidência de casos de adição no país é de se pensar que o número de adotantes é inferior ao de adotandos, porém segundo a revista Carta Capital o número de casais interessados em adotar é seis vezes maior que o de crianças disponíveis para adoção. A baixa taxa de adoção tem como um de seus fatores o baixo numero de crianças dentro do perfil desejado dos adotantes. Crianças brancas e com menos de um ano de idade são tidas como o perfil ideal da maioria dos casais interessados em adotar. O grande problema é que apenas 6% das 5.624 crianças aptas à adoção no país tem menos de um ano e 33,20% são brancas. Apenas uma pequena parcela de interessados, correspondente a 11% do total, estão dispostos a dotar crianças com mais de cinco anos de idade. As formas de ação para diminuir os impasses da adoção possuem duas linhas de frente, uma sócio-concientizadora e outra legal (judicial). As ações sócio-concientizadoras partem do princípio de retirar os preconceitos dos interessados em adotar, conscientizá-los da importância da adoção tardia (adoção de crianças e jovens em idades maiores), isto pode ser feito pelos próprios orfanatos, por ONG’s e outras instituições que apoiem a adoção. Na esfera jurídica seria necessário, por parte do Estado nacional ou dos estados federativos ou municípios reduzir a burocracia em torno do processo de adoção. Outra estratégia é a criação de leis que proíbam a adoção seletiva, isto proporcionaria condições iguais a todas as crianças adolescentes em situação de adoção e ter um lar e uma família, assim pondo fim a escolha de uma criança como a escolha de um objeto em uma loja. A medida contra a adoção seletiva garantiria também maior dignidade no processo adotivo aos indivíduos adotandos, pois estariam livres da rejeição por não pertencerem a um “padrão” seletivo.