Presenciamos o grande aumento na taxa de natalidade no Brasil com o fim da ditadura militar, o que ocasionou o surgimento de orfanatos para abrigar crianças órfãs. Sendo assim, as oportunidades de casais adotarem crianças tornou-se realidade, processo o qual obteve conquistas todavia, ainda requer melhorias. Notamos que o desejo de adotar faz parte de muitos casais que sonham em construir sua família porém, o processo adotivo no Brasil não apresenta muita facilidade e rapidez em virtude da má gestão. Para cada criança na fila de adoção há seis famílias interessadas mas, a maioria não se encaixa no perfil desejado por alguns adotantes que fazem exigências estereotipadas logo, retardam ainda mais o processo. E também, ainda há a discussão sobre a permissão para casais homossexuais adotarem, questão que ainda é analisada pelo Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Entretanto, o número de pessoas interessadas em adotar crianças de qualquer raça cresceu como mostra dados de dezembro de 2010, onde 31,4% das 30.378 pessoas cadastradas não se importavam com a raça da criança ou do adolescente a ser adotado. Tal dado confirma que uma pequena parcela das pessoas que pretendem adotar não defendem mais o gosto racista, o qual apenas selecionava crianças de pele clara. Por isso tudo, é necessário que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) juntamente com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), tentem não só acelerar e facilitar o processo adotivo mas também, incluir o direito de casais homossexuais serem adotantes com a avaliação das leis existentes e a criação de novas leis. Além disso, segundo o filósofo Immanuel Kant, " O ser humano é aquilo que a educação faz dele", portanto, os orfanatos devem ministrar palestras com o auxílio de psicólogos que discutam como ocorre o processo adotivo e como lidar com a criança durante e após a adoção.