Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 26/06/2016

Na década de 60, uma adoção era bastante rara, difícil de acontecer, principalmente, inter-raciais. Nas últimas décadas, o Brasil avançou muito no processo adotivo com a criação da Lei da adoção. No entanto, questões culturais, raciais e a inflexibilidade da lei impedem a adoção efetiva de crianças e jovens. Em primeiro plano, ressalta-se a questão do estereótipo das crianças e jovens a serem acolhidas. Segundo o Juiz Gabriel matos, responsável pelo Cadastro Nacional de Adoção, existe um maior número de adotantes em relação ao de serem adotados. Entretanto, a maioria não se encaixa no perfil de escolha para ser adotado, que é: crianças brancas com até 1 ano de idade. Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça apontam que há apenas 6 % das crianças aptas aos adotantes têm menos de um ano de vida e mais de 87 % tem mais de cinco anos. Esses obstáculos raciais acabam que dificultando o andamento da fila de adoção e demorando mais esse processo. Não obstante tau preferência, muitos casos barram na burocracia e em lacunas nas leis. Existe a falta de equipes técnicas e recursos em muitos lugares, com isso fica muito difícil cumprir prazos que são determinados pela lei. Além disso, a Lei 8.068/1990 do Estatuto da Criança e do Adolescente impossibilita a adoção de pessoas que tenho menos de 16 anos de diferença em relação ao adotado, isso implica, por exemplo, em casos de casais mais jovens que fogem do padrão de idade, sexo e cor de adotarem crianças com mais de 5 anos de idade. Portanto, a falta de flexibilidade, heranças culturais e raciais são determinantes para que a adoção não ocorra de forma rápida. Sendo assim, a mídia através dos meios de comunicação com maior audiência, como a televisão e a internet, deve divulgar a importância de adotar as crianças não pela cor, sexo ou idade, mas sim pela felicidade que elas podem trazer para o convívio familiar, dessa forma, desvinculando valores racistas, homofóbicos e estereótipos da sociedade. Além disso, o poder legislativo de reformular ou criar novas leis, para facilitar a adoção e diminuir a burocracia, para assim, acelerar o processo de adoção.