O processo adotivo no Brasil já foi muito longo e burocrático. Atualmente esse processo está mais fácil e rápido, mas ainda enfrenta desafios como, por exemplo, a maioria das crianças a serem adotadas não estão dentro do perfil ideal e a adoção tardia. A etnia é um grande impasse no processo adotivo, visto que a maioria dos casais que pretendem adotar buscam por crianças brancas, deixando as de outras etnias de lado. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 67,8% das crianças a serem adotadas não são brancas, o que deixa o processo mais complicado, porque muitas crianças deixam de ser adotadas. Isso ocorre uma vez que as famílias não estão buscando crianças reais para amar e educar, e sim crianças ideais. Além disso, é comum também a busca por crianças com menos de um ano de idade, e ainda segundo o CNJ apenas 6% das crianças para adoção estão dentro dessa faixa etária. Nesse quesito, os casais ficam preocupados com a bagagem de vida que uma criança mais velha pode trazer e imaginam que isso pode prejudicar na educação que deve ser dada pelos pais adotivos. E mais uma vez, várias crianças deixam de serem adotadas. Portanto, é evidente que, em si, o processo adotivo no Brasil não é tão problemático, mas o que o torna problemático são as exigências dos casais que pretendem adotar. Logo, deve haver uma conscientização por parte das pessoas que irão adotar, para que não busquem um perfil ideal de criança e sim uma criança que necessita de amor e carinho independentemente da etnia e da faixa etária.