O desenvolvimento casual ou planeado da sociedade e das suas sucessivas hierarquias tem sido um fator de estudos para a compreensão do corpo social por meio dos indivíduos que a compõe. A tradição e os costumes familiares transmitidos ao longo dos anos tornaram-se a padronização do grupo; assim como na antiguidade clássica era um atributo da sociedade ateniense a mulher possuir apenas a função de conceber seus filhos, o pai era a autoridade máxima, o regente deste conjunto social. Com a evolução dos anos e juntamente as possíveis modificações da sociedade, o padrão familiar estabelecido foi se modificando até as possíveis diversificações do século XXI. É indubitável que a sociedade caminhe sempre para maiores evoluções assim como afirmava Karl Marx, sociólogo que viveu no século XVIII e concluiu que é irremediável tal progresso, e juntamente a este pensamento, a hierarquização da família e suas padronizações também passou por modificações. A definição da sociedade patriarcal brasileira que dominou durante os séculos foi sendo reajustada conforme as novas necessidades do corpo social. Para indivíduos que não representam tal hierarquização há a necessidade de novas possibilidades assim como a adoção, processo de acolhimento de crianças e adolescentes que não decorreram do mesmo processo de padronização familiar. Outrossim, as novas composições sociais familiares são essenciais para o fim de preconceitos e hierarquias tão enraizadas na sociedade brasileira tal como a discriminação ainda muito vigente das diferentes raças e sexos. A adoção de crianças negras, mulatas ou até mesmo que não descrevem o perfil determinado pela sociedade fazem parte de um grupo excluído, porém, os que mais necessitam de acolhimento por ter feito parte, em algum momento, do corpo social supresso. A dificuldade de aceitação destas possibilidades sociais tal como pequenas mudanças na instituição familiar e na adoção, ainda é uma realidade. Entende-se, portanto, que as modificações do corpo social são irremediáveis tal como afirmava Karl Marx e a fim de atenuar o problema com a aceitação às mudanças impostas, o Governo Federal deve elaborar um plano de implementação de novos programas sociais que possam acolher estas crianças que ainda não passaram pela adoção e juntamente às competências estaduais e governamentais, possibilitar a colocação de novos profissionais designados a educação infantil. Unidos a estes poderes vincula-se os meios tecnológicos como emissoras de canais abertos de televisão que auxiliariam na conscientização da população sobre a real importância em compreender as novas modificações. Dessa forma, este problema social será gradativamente solucionado.