No Brasil existem mais pessoas querendo adotar do que crianças para serem adotadas, no entanto ver-se que os lares adotivos permanecem cheios, e um dos fatores para isso é a idade elevada das crianças a serem adotadas. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990 trouxe um significativo avanço ao processo adotivo e este deve ser analisado quando se fala em adoção no Brasil. Apenas 11% dos que desejam adotar aceitam crianças com mais de cinco anos, sendo que mais de 80% das crianças aptas a serem adotadas estão nessa faixa. Muitos pretendentes a serem pais, alegam que as crianças mais velhas já sofrerem influências que em parte já estão inseridas na sua formação psicológica e social, e tal situação irá requerer um esforço maior durante o processo educativo dessa criança. Tal posicionamento é valido, no entanto vale lembrar que, durante o processo adotivo existem momentos de convívio entre os futuros pais e a criança, com o acompanhamento de profissionais que vão auxiliar na superação desses choques. Segundo o ECA de 1990, a adoção atribui a condição de filho ao adotado, dando inclusive a ele direitos sobre a herança. É possível perceber com a ECA um caráter protetor para com o adotado, o que demonstra um avanço no processo adotivo no Brasil. Conclui-se primeiramente que, a adoção no Brasil está apresentando uma melhora, e visando melhorar mais, na tentativa de diminuir as dificuldades experimentadas pelos pais e pela criança, antes, durante, e depois do processo adotivo ter sido finalizado, é necessário que o Governo Federal ofereça de forma gratuita acompanhamento psicológico tanto para os pais quanto para a criança, e além disso, é importante que essa medida seja incorporada ao ECA, dando uma obrigatoriedade legal a essa assistência. Adotar é um ato de amor ao próximo que deve ser estimulado em nosso país onde tantas crianças esperam encontrar um lar e uma família.