Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 15/06/2016

O número de famílias interessadas em adotar crianças supera a quantidade de crianças disponíveis para a adoção. Isso se deve ao fato de que além do processo de adoção envolver muita burocracia, muitas famílias procuram uma criança ideal, o que acaba dificultando o processo e que acaba resultando em um número relativamente baixo de crianças adotadas em relação à quantidade crianças na fila da adoção. As crianças que são levadas para os abrigos onde crescem até serem adotadas já tiveram um passado complicado, visto que muitas vezes são abandonadas ou em como em inúmeras vezes, os pais biológicos acabaram perdendo a guarda por motivos que envolvem violência física, psicológica e em alguns casos até sexual. A questão é, se elas já passaram por situações tão complicadas, o mínimo que elas merecem é uma família que as ame, porém a burocracia que deve ser enfrentada no processo de adoção acaba desanimando muitas famílias, que em alguns casos acabam desistindo de praticar este ato tão nobre que é a adoção. Outro fator que acaba sendo um empecilho no processo de adoção é a preferência de muitas famílias, já que na maioria das vezes possuem interesse maior em adotar crianças menores de 5 anos e brancas. Essa preferência na idade é justificada pelas famílias que estão interessadas na adoção, pois quando se trata de crianças menores de 5 anos, é mais tranquilo de se educar da maneira como a família preferir. Já a questão racial é justificada pelo fato de que grande parte das famílias que adotam são formadas por brancos e dessa forma preferem incluir na família uma pessoa da mesma raça. Entretanto, ambas as justificativas que as famílias apresentam para terem preferência não fazem sentido algum. Visto que a questão racial não passa de um racismo embutido, já que se trata de seres humanos que devem respeitados independente da quantidade de melanina na pele. E já a questão da idade é facilmente desconstruída visto que, crianças que foram criadas pelos pais desde que nasceram não são consequentimente mais bem educadas do que as que foram educadas depois de mais velhas pelos pais adotivos. Pais que dão aos filhos uma boa educação são igualmente capazes de educar crianças adotadas com uma idade considerada por eles não ideal. Fica claro então que, mesmo com os incentivos que são feitos para aumentar o número de adoções existe ainda um longo caminho a ser percorrido. A começar pela conscientização das famílias que desejam adotar, de que não se deve idealizar a criança adotada. Visto que até quando se trata de pais biológicos, os filhos não atendem todos os padrões que os pais almejavam. Portanto, é preciso desconstruir esse ideia de preferências no processo de adoção, e isso será possível através de campanhas financiadas pelo governo federal que incentivem adoção das crianças independente da idade ou da raça. Outra medida a ser tomada é a formação de ONG’s formadas por pais e filhos adotivos, para que transmitam suas experiências as famílias que possuem interesse em adotar, para que assim possa auxiliar as futuras famílias adotivas de como ocorre todo o processo de inclusão da novo integrante na família. Dessa forma, será possível então diminuir de vez o número de crianças na fila de espera para serem adotadas.