A temática adoção faz-se presente na história da humanidade, e tal prática permite criar vínculos afetivos com filhos não biológicos. Contudo, é preciso salientar que muitas crianças disponíveis para a adoção estão nessa situação devido problemas sociais, a falta de amparo, por parte do governo às famílias, orientando quanto a métodos contraceptivos e oferecendo suporte necessário para outros problemas, como violência doméstica. Desse modo, o processo adotivo é importante para incluir esses jovens em novas famílias, porém o país ainda enfrenta problemas nessa prática. A adoção é uma conquista, pois permite inserir crianças e adolescentes em um novo núcleo familiar, garantindo seus direitos. Entretanto, há um grande desafio nessa prática, porque no Brasil existe uma criança para cada seis famílias interessada, mas mesmo assim ainda estão disponíveis para a adoção cerca de cinco mil. As discrepâncias nos números estão nas exigências feitas pelas famílias que são: ter idade máxima de dois anos, ser do sexo feminino, ser saudável e possuir pele branca. Como a maioria dos pais adotivos se candidatam por não poderem ter filhos biológicos, logo criam expectativas e exigências como se a adoção fosse uma máquina para fazer a “crianças dos sonhos”, uma espécie de mercadoria a ser adquirida, porém não deve ser encarada dessa forma. O objetivo principal da adoção é dar à criança uma família que eduque e a ame. Dessa forma o processo é ineficiente, pois ele só permite uma interação entre as partes quando o jovem atende as expectativas dos pais. Por conseguinte, é preciso que o conselho nacional de justiça permita uma interação entre pais e futuros filhos, nas casas de apoio onde vivem, de modo a incentivar a adoção independente das expectativas dos futuros pais, pois conhecer essas crianças pode criar vínculos afetivos e facilitar a adoção desses jovens que dificilmente seriam escolhidos.