Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 22/09/2017

No final da Segunda Guerra Mundial ocorreu um fenômeno conhecido como Baby Boom onde pessoas contagiadas pelo clima de paz e otimismo pós-conflito começam a ter mais filhos, aumentando causando grande aumento nas taxas de natalidade em países vencedores. Entretanto, esse acréscimo tem efeitos negativos em longo prazo, como o crescimento no número de crianças e adolescentes em abrigos, muitas vezes deixadas nesses lugares até a maioridade por motivos que variam desde a demora para entrar na fila de adoção até os diversos critérios colocados pelos próprios adotantes. Desde 2010 vigora no Brasil uma nova lei de adoção, cuja proposta fora de melhorar e clarificar as etapas desse procedimento. Essa lei, junto com o Estatuto da Criança e do Adolescente exprime que o menor de idade só pode ser colocado na fila de adoção quando todos os recursos para mantê-lo em família forem esgotados. Abre-se então um processo de destituição de guarda que por lei deveria levar no máximo 120 dias, mas na prática pode se estender até 4 anos, expondo um jovem a um futuro incerto em abrigos por todo o país. Além da demora em entrar na fila de adoção, uma vez dentro dela, essas crianças e adolescentes ainda tem de enfrentar os desafios de se encaixar nos critérios de adotantes. Crianças de 5 a 17 anos, demografia que corresponde a mais de 80% da fila de adoção, encontram apenas 11% de pretendentes dispostos à adoção, número que cai ainda mais se a criança não for branca, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça. Diante de todos os desafios enfrentados, é imprescindível que o real cumprimento dos 120 dias no processo de destituição de guarda seja observado pelo judiciário, o que faria a criança entrar mais jovem na fila de adoção, aumentando suas chances de completar o processo. Além, o Estatuto da Criança e Adolescente em parceria com ONGs devem promover palestras e campanhas para sensibilizar e instruir futuros adotantes para a necessidade de adoção de adolescentes e crianças mais velhas.