Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 18/10/2016

A adoção está fortemente ligada às atuais discussões acerca das diversas formas de constituição familiar. A consciência do direito das crianças a receber dessas carinho e atenção é causa de conquistas desse processo que contém inúmeros desafios. A burocracia é necessária, mas seu excesso é maléfico a todos os envolvidos. Adotar não é simples pois se trata de vidas humanas, por isso é preciso cumprir as leis e critérios, a fim de garantir o bem estar do adotados. Atualmente eles vivem um paradoxo, porque mesmo havendo mais de cinco famílias para cada crianças, elas continuam a viver dentro dos orfanatos. Esse dado é justificado pela lentidão do procedimento- fruto de uma grande burocracia- , fator determinante para a saída do adotando do grupo do mais procurados - ao superar os 5 anos de idades- e para a desistência dos adotantes, que veem sua caminhada se tornar uma corrida com barreiras. Outro desafio é a escolha dos futuros filhos baseada em características físicas, sendo os mais velhos, os negros e os deficientes declaradamente desinteressantes para um quinto do pretendentes. Mesmo com tantos obstáculos, existem conquistas notórias. O direito concedido aos casais homoafetivos é um progresso para ambas as partes, pois famílias antes inviáveis são formadas e a chance de efetivação da adoção é aumentada. Além disso, esses interessados são os que menos escolhem padrões, dando oportunidade aos excluídos das prioridades paternas. O apadrinhamento - "adoção" durante curtos períodos como feriados e fins de semana- é uma iniciativa recente que proporciona uma vivência familiar, ou pelo menos um convívio com diferentes pessoas, que mesmo sendo temporária supre, de certa forma, a busca por carinho e atenção. Logo, a fim de zerar a fila de adoção, numericamente possível, é necessária uma ação conjunta entre setores diversos da sociedade. A curto prazo, os interessados que possuem condições devem ter uma escolha baseada em carinho e afinidade- sendo imparciais quanto aos atributos físicos- e os que daquelas não são dotados podem optar pelo apadrinhamento, gesto igualmente bem vindo. As mídias, em parceria com as ONGs, podem, por meio de propagandas, filmes, novelas, passeatas, promoção de apadrinhamento coletivo, conscientizar da importância e incentivar aos gesto, fazendo uso, inclusive, de celebridades- como Regina Casé e Glória Maria (apresentadoras de televisão) e do jogador de futebol Cristiano Ronaldo- em seus recursos conscientizadores. Ao Estado cabe a incumbência de intensificar os aparatos necessários dentro do orfanatos, pois lazer, educação e acompanhamento psicológico são essenciais para a adaptação à uma possível nova vida. A este é cabível também, a médio-longo prazo, uma reforma no procedimento de adoção por parte do Conselho Nacional de Justiça, de forma que seja acelerado e facilitado, respeitando ambas as partes e o estimulando.