Adotar significa receber alguém como filho mediante ato jurídico, garantindo todos os direitos de um descendente biológico. O Brasil possui cerca de cinco mil crianças e adolescentes esperando por uma adoção, segundo dados do Conselho Nacional da Justiça (CNJ). As conquistas do século XXI sobre a adoção no Brasil consistem no aumento do número de interessados em adotar sendo seis famílias ou pessoas para cada criança. As famílias podem ser constituídas tanto por casais héteros como casais homoafetivos. As pessoas devem possuir pelo menos 18 anos e ter uma diferença mínima de 16 anos da criança adotada. Entretanto, junto com o crescente índice de interessados, cresce o contingente de crianças e adolescentes nos abrigos. Parte disso é culpa dos próprios adotantes que tem um suas mentes crianças estereotipadas que não é frequente encontrar-se em orfanatos. As crianças mais requisitadas são aquelas que são brancas, bebês ou com menos de três anos. Todavia diante dos dados do CNJ é constatado que 67,8% das crianças não são brancas e que 87,42% possuem mais de cinco anos. As pessoas reclamam que não conseguem adotar, mas o perfil por elas almejado faz com que isso ocorra. Uma vez que o grande obstáculo do processo adotivo no Brasil não é a demora e sim o perfil de crianças desejadas, é preciso que o Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Estatuto da Criança e do Adolescente promova reuniões com os interessados incentivando a adoção tardia e quebrando o tabu do perfil perfeito. Utilizar-se ainda da mídia, com propagandas e novelas que patrocinem a adoção, mostrando que é possível estabelecer uma relação de amor e respeito.