A adoção no Brasil vem sendo muito discutida nas últimas décadas. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece leis a respeito do processo de adoção, na tentativa de proteger esses menores de maus tratos e lhes proporcionar uma nova família. Ainda assim, há muitos desafios a serem vencidos para encontrar esses novos pais para essas crianças. As pesquisas apontam que hoje os brasileiros desejam, em sua grande maioria, adotar uma menina, branca, de olhos claros, com até seis meses de vida. Porém, uma minoria de crianças aguardando adoção se encaixa nesse perfil. A adoção ainda é vista como a oportunidade de adultos realizarem seus desejos de paternidade e maternidade às custas da exclusão de crianças e adolescentes com irmãos, necessidades especiais, doenças crônicas, e vários outros atributos, que possam ser considerados inapropriados pelos pretendentes a pais. A justiça brasileira tem buscado soluções para diminuir essa triste realidade. Hoje a prioridade é que a criança fique o menor tempo possível em abrigos institucionais, dando-se preferência para que haja acolhimento em famílias temporárias, enquanto a criança aguarda a adoção. Avanços como a adoção por pessoas solteiras e por casais homossexuais também são comemorados, na tentativa de diminuir essa lista de espera. Assim, as crianças e adolescentes brasileiros que necessitam de uma família adotiva vão aguardando o desejo dos adultos coincidirem com os seus. A justiça tem buscado conscientizar a população e garantir que esses menores tenham a oportunidade de crescer com pais que possam cuidá-los da forma que a lei exige e eles merecem.