A adoção no Brasil caracteriza-se, atualmente, pela grande burocracia, não mais pautada pela justiça, mas pelos próprios adotantes. Essa situação está ocasionando a recusa das crianças e adolescentes pelas famílias interessadas, pois buscam por determinadas características nas crianças que lhes agradam. Dessa forma, é preciso rever os conceitos impregnados, já que o tempo urge para esses infanto-juvenis na esperança do acolhimento de um lar. Segundo o Conselho Nacional da Justiça (CNL), na proporção de seis famílias interessadas a adoção há uma criança para perfilhação. Esse dado demonstra o quão à seleção adotiva causa perturbação diminuindo os processos adotivos no Brasil. Nota-se ainda que a maior procura seja por crianças brancas abaixo de 1ano de idade, reafirmando uma peneiração de características peculiar do processo adotivo no país, assim como, em um garimpo. Apesar de toda essa situação constrangedora, o interesse da adoção aumentara bastante nos últimos anos. Isto demonstra que boa parte das famílias tem interesse em acolher, educar, cuidar e ensinar valores éticos para esses menores que não possuem uma estrutura suficiente para tal. Assim, o próximo passo é quebrar os estereótipos e preconceitos para que esse quadro de demora na adoção amenize. Assim sendo, é imprescindível que esse ambiente parcialmente constrangedor mude de panorama. O primeiro passo seria descontruir valores pré-estabelecidos que dificultam o processo adotivo, por meio de cartilhas, propagandas televisivas, jornais, palestras nas cidades e comunidades, que demonstrem os malefícios que a seletividade de características ocasiona. Outra medida seria o Conselho Nacional da Justiça entrar com pedido ao Judiciário para a desburocratização do processo de adoção brasileiro, estimulando os pais que se desmotivaram por conta das excessivas regras apresentadas para perfilhar.