Título da redação:

Longa espera por um lar

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 31/08/2016

Em um país com mais de 30 mil pessoas interessadas em adotar uma criança, é inadmissível o fato de que os orfanatos permaneçam sempre com um número abundante de órfãos na espera por uma família. A fila de adoção é ampla, porém os futuros pais adotivos tem uma preferência um tanto quanto preconceituosa em relação a aceitar a criança. Assim, a maior parte dos adotantes têm preferência por filhos com menos de um ano de idade e pele clara. Posto que quando um casal tem um filho biológico não se escolhe fenótipo, não é oportuno que um filho adotivo seja elegido pelo mesmo. Afinal, como afirma o escritor Antoine de Sant-Exupéry: "O essencial é invisível aos olhos". Outro fato ineficaz é que uma adoção não pode ser concretizada se o adotante não for, no mínimo, 16 anos mais velho que o adotado. No entanto, isso impede que uma pessoa ou casal mais jovem adote uma criança mais velha. Sendo assim, o Conselho Nacional de Justiça, juntamente com o Estatuto da Criança e do Adolescente, devem considerar que a diferença de idade entre a criança e os futuros pais adotivos seja menor, pois a lei existente atualmente colabora para que crianças mais velhas tenham chances menores de conseguir uma família. Por conseguinte a mídia deve ser usada a favor deste impasse, promovendo campanhas de incentivo a adoção de crianças de outras origens e idade mais avançada.