O número de pessoas dispostas a terem um filho por meio da adoção é crescente no Brasil, segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) há cerca de 6 famílias para cada criança. No entanto, devido a idealização por parte dos adotantes antes do processo de adoção, muitas crianças e adolescentes são esquecidos em orfanatos. O processo de adoção no Brasil é lento e burocrático, é necessário primeiramente que a pessoa disposta a adotar uma criança se inscreva no CNA (Cadastro Nacional de Adoção) responda 12 perguntas para preencher um banco de dados e opinem sobre o sexo de preferência, etnia e a idade da criança. Contudo, quanto mais restrito o perfil mais difícil e demorado tende a ser o processo, pois a maioria das preferências dos adotantes, são por crianças de até 1 ano, brancas e que sejam saudáveis. No entanto, grande maioria das crianças cadastradas na CNA, são maiores de 5 anos, mestiços e tem alguma enfermidade, este perfil pode ser explicado por sua origem, pois a maioria delas vem de setores vulneráveis da sociedade. Contudo, no meio de tantos desafios passados por crianças e adolescentes que estão à procura de um lar, houve uma conquista para o processo adotivo brasileiro, em que casais homossexuais estão conseguindo ter filhos por meio da adoção, e assim aumentando as chances daquelas que anseiam por uma nova oportunidade de ter uma vida em família. Levando-se em conta do que foi mencionado é necessário que ocorra uma reformulação no processo sendo mais rápido e que o Conselho Tutelar informe e conscientize os futuros pais a não criação de expectativas em relação a criança adotada e incentivo por parte do governo com a criação de projetos, como campanhas publicitárias e palestras sobre adoção tardia, visando aumentar casos de adoções para crianças maiores de 6 anos.