Com o amplo desenvolver do meio técnico cientifico em meio aos últimos períodos pós terceira revolução industrial, têm-se o grande crescimento da biotecnologia. Concomitante a essa área, emerge o conceito de desenvolvimento embrionário em vitro, onde, agora, o importantíssimo encontro de gametas (fecundação) pode ser facilmente provocado em laboratório. Ao somar esses efeitos com, a, compartilhada padronização de esteriótipos que vigora na contemporaneidade, temos a formulação de uma grande problemática no país. Nesse contexto, temos o processo adotivo no Brasil, junto as consideráveis conquistas e os grandes desafios a serem transpassados. Segundo os preceitos da sociologia, o individuo é uma criatura livre, autônoma, no qual dispõe de faculdade que lhe são próprias (amor,razão), titular de direitos naturais e como por consequência sujeita a deveres. No Brasil, os direitos naturais ao homens parecem se voltar para uma minoria. Comportando um dos mais ricos e completos atos constitucionais, a constituição brasileira aloca por completo os direitos naturais à crianças/adolescentes, porém acaba por se contradizer com o grande contingente de crianças que se encontram passíveis de adoção. Fazendo alusão não somente a ineficiência da garantia de um vida de qualidade à esse público, mas também enfrentando problemas à situação de reinseri-los em sociedade por meio do ato de adoção. Para compreender tal problemática, é necessário apontar determinados fatores cruciais a esse determinismo. Dados apontam, que, casais brasileiros preferem crianças brancas a crianças negras, indo contra a grande maioria de jovens que se encontram nessa situação. Além do mais, é ausente o incentivo por parte do governo a prática da adoção. A grande verdade é que o estado dificulta esse processo, por meio de atos burocráticos e a limitação de potenciais adotantes por conta da sua opção sexual. Adjunto a todo esse contexto, temos a presença assídua de tecnologias em vitro, no qual disponibilizam a formação de um novo ser que atenda os esteriótipos pretendidos pelos novos pais. Dessa forma, é incontestável a existência de demasiados fatores que dificultam o processo de adoção no Brasil. Em sua grande maioria, por ser dificultada por questões raciais, é necessário que exista a urgente reeducação desde a base para que exista o respeito e perpetuação da política da normalidade entre as raças. A ampliação do processo adotivo para casais homo afetivos ampliaria a resolução dessa problemática. E por fim, a limitação das biotecnologias a fim de serem aplicada à áreas que realmente proporcionem benefícios a sociedade (a exemplo da clonagem terapêutica) fariam com que a adoção se torna-se a primeira opção.