No romance "O Quinze" de Rachel de Queiroz, a personagem Conceição toma a decisão de adotar o filho de Cordulina, sua comadre. Porém, fora do contexto da literatura, percebe-se que o processo adotivo no Brasil apesar das conquistas, ainda é um desafio que precisa ser entendido para a fim solucionar esse problema. É de vital importância abordar o crescente interesse pela adoção, no qual a inserção da mulher no mercado de trabalho em sua maioria, resolveram ter filhos cada vez mais tarde, e consequentemente, acabam não tendo devido a idade. Com isso, a busca por crianças abandonadas felizmente vem crescendo, uma vez que o estatuto da criança e adolescente e o governo federal, incentivam essa prática. Mas, a sociedade brasileira está englobada em seu papel idealizador e padronizado de modelo familiar herdados do Brasil Colônia: a família europeia; porém que é o oposto da verdadeira realidade quando se trata de adoção. Segundo a CNJ, 67,8% das crianças não são brancas, mas os pais adotivos que só aceitam brancos é de 26,33%, que mostra fatores que influenciam como: cor, origem e idade, são percursores que determinam o procedimento adotivo brasileiro. Esse pré-estabelecimento de um "padrão" motivador de adoção, acarreta na exclusão social e preconceito dessa maioria negra brasileira. Em detrimento dos fatos apresentados, é imprescindível que o processo adotivo no Brasil possui contradições. Logo, para resolver esse impasse, as ONG´s que trabalham com essa temática discutida em parceria com a CNJ, deve se utilizar de mídias e palestras de conscientização para desconstruir esse esteriótipo negativo da população sobre a adoção; além, de políticas de incentivo financeiro e psicológico por meio do Governo Federal, como forma de amenizar essa problemática.