É fato que , felizmente, a adoção está cada vez mais vista como algo nobre, sem preconceito, se tornando comum e proporcionando benefício mútuo tanto para os casais quanto para os adotandos, porém, apesar de tantas conquistas, ainda existe um triste desafio: A eugenia. Tal obstáculo descarta muitas crianças por simplesmente não fazerem parte de um padrão idealizado, deixando vários casais sem filhos e crianças sem família; logo se deve combater tal errôneo e atrasado ideal. Nota-se que atualmente o ato de adotar deixou de ser visto com preconceito, passou a ser admirado como uma atitude nobre e uma solução para inférteis, solteiros e homossexuais formarem uma família com filhos. Porém muitos que pensam em adotar possuem uma certa eugenia, ou seja, selecionam crianças idealizadas que na maioria das vezes são brancas, perfeitamente saudáveis e com menos de cinco anos. Tal seleção além de revelar preconceito mostra que muitos apenas aceitam crianças que muitas vezes estão indisponíveis, gerando filas e descarte de órfãos dispostos a serem adotados. Como já disse William Shakespeare: " O amor não se vê com os olhos mas com o coração", contextualiza-se que quem está disposto a amar não seleciona perfeitos, aceita imperfeitos, pois ,afinal, ninguém é perfeito. Hoje em dia é tão comum se adotar que há casais que optam pela adoção em vez de terem filhos biológicos, isso implica num aumento substancial de adoções que fez vários órfãos aumentarem a esperança de conseguirem um lar com pais que os amem. Porém tal oportunidade não alcança muitas crianças, que são geralmente negras ou mais velhas; a eugenia além de os descartar, os traumatiza e os faz se sentirem indignos de amor, o que não é verdade. Isso acontece por preconceito racial e medo que alguns adotantes têm de que um adotado mais velho não os ame, esse é um tabu equivocado e deve ser combatido. Um exemplo de quebra desse errôneo ideal está na série americana "Anatomia da Grey", onde um casal de caucasianos adotam Zola, uma criança africana com espinha bífida e a amam. Dado isso conclui-se que a adoção quebrou vários tabus, porém ainda há de se combater o obstáculo que é a eugenia que causa filas, exclusão de órfãos e pais sem os tão desejados filhos. Para que isso ocorra, o Governo deve proporcionar palestras que quebrem tabus e esclareçam dúvidas de adotantes. Outra solução está no combate do preconceito com a educação, afinal a ignorância é o ponto de partida dos atos preconceituosos.