Existem hoje no Brasil muitos indivíduos interessados em constituir uma família, como também apresentam-se muitas crianças sem um lar. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a cada uma criança a ser adotada existem seis famílias na fila para a adoção. Porém, ainda que exista pessoas buscando a adoção, essa vontade não tem sido efetivada com satisfação, já que o número de crianças na espera permanece constante. Logo, medidas cujo objetivo seja reverter esse cenário, devem ser apresentadas. Pelos dados exibidos pelo CNJ, esperava-se que não tivessem crianças a espera de serem adotadas, mas, a criação de um perfil de filho perfeito pelos pais, impede que muitas dessas crianças não consigam tem um lar. Segundo o sociólogo Renato Melo da Universidade Estadual de Minas Gerais, os indivíduos que estão na fila em espera da oportunidade da adoção, em sua maioria, querem adotar crianças com menos de um ano, para que sejam totalmente criadas dentro de seu núcleo familiar, não tendo a adoção tardia com opção. Ademais, além dessa seleção de idade, muitas famílias optam por crianças brancas, isso pode ser explicado devido a cultura do preconceito racial, que muitas vezes se faz presente na sociedade brasileira. As pessoas reclamam por não conseguirem adotar, toda via o perfil por elas montado é oque, na maioria das vezes, impede em grande parte que a adoção aconteça. Portanto medidas são necessárias para reverter o impasse. As associações juntamente com a mídia, divulgando propagandas que incentivam às pessoas a adotarem, para que o número de crianças sem lar seja reduzido. Além disso, deve haver um estímulo a adoção de crianças e adolescentes sem que sejam, necessariamente, recém nascidos. Isso pode ser feito por meio de contratação de psicólogos e/ou assistentes sociais dentro de instituições, que informem às famílias que buscam as adoções, que é possível estabelecer uma relação sadia, de amor e, sobretudo, de educação com quem pretende adotar mesmo que seja uma criança mais velha. Também, destacar a importância de se adotar crianças negras, estimulando a inclusão racial, para que a cultura de preconceito racial seja extinguida da sociedade brasileira.