Um país com tanta beleza natural e diversidade cultural, é marcado pela quantidade alarmante de crianças abandonadas,vítimas da desigualdade social e do descaso de seus progenitores. Há uma verdadeira batalha judicial para um processo de adoção.Avaliações,entrevistas e processos burocráticos quanto as condições sociais e emocionais dos supostos candidatos,podendo chegar à anos de angústia e espera. Razões diversas dificultam a conclusão dos processos: a escolha das idades das crianças,em que a maioria dos pretendentes preferem recém-nascidos ou menores de 1 ano de idade, que são apenas 6% e os outros 87% são maiores de 5 anos, a questão racial também é um entrave, afinal, a maioria prefere crianças brancas e apenas 26% dos futuros pais aceitam adotar crianças não brancas. A burocracia que permeia todo o andamento muita das vezes é a razão pela qual muitos casais abandonam o processo e buscam outras alternativas como a adoção no exterior e métodos não convencionais que fogem aos trâmites legais. O Conselho Nacional de Justiça e Associação dos Magistrados Brasileiros tem consciência de que apenas 35% dos casais cadastrados na Vara da Infãncia e da Juventude adotariam utilizando-a como intermediária. Depois de todo esse processo demorado,o casal que foi aprovado passa a receber visitas constantes do serviço social antes de conseguir a adoção definitiva onde mais uma vez a incerteza do sucesso faz parde do cotidiano de uma família angustiada e em adaptação. Assim, só o amor incondicional é capaz de superar tamanhos obstáculos em prol de um bem maior, a capacidade de se doar por inteiro e oferecer paz e segurança para uma criança que teve o infortúnio de iniciar a vida sem amor.